Biologia Celular e Molecular - IOC

Programa de pós-graduação stricto sensu em biologia celular e molecular

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11/10/2016

Reconhecimento no Prêmio Capes de Teses


Apresentando propostas de tratamento para os problemas cardíacos causados pela doença de Chagas crônica, incluindo uma vacina terapêutica, a tese de doutorado da biomédica Isabela Resende Pereira, defendida na Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), ganhou menção honrosa na categoria Ciências Biológicas II do Prêmio Capes de Teses 2016. Divulgado nesta segunda-feira, 10/10, o resultado marca a segunda conquista consecutiva do Programa na premiação. 

“No ano passado, tivemos uma tese vencedora e, nesse ano, recebemos uma menção honrosa. Além de uma grande alegria, esses resultados são um reconhecimento da excelência dos estudantes, do corpo docente e da própria Pós-graduação”, afirmou Leila Mendonça Lima, coordenadora do Programa de Biologia Celular e Molecular. “A categoria Ciências Biológicas II reúne cerca de 70 programas de pós-graduação de todo o país e é difícil que a mesma instituição seja destacada duas vezes seguidas. Por isso, estamos ainda mais felizes com essa menção honrosa”, acrescentou Joseli Lannes, orientadora da tese agraciada e chefe do Laboratório de Biologia das Interações do IOC. O Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular tem nota 7 segundo o conceito da Capes - a mais alta pontuação que pode ser obtida. 
 

A relevância da busca de novas terapias para a doença de Chagas crônica foi destacada por Isabela Resende Pereira e Joseli Lannes. Foto: Gutemberg Brito

 

A pesquisa foi realizada em camundongos, considerados modelos para estudo da doença de Chagas. O estudo revelou detalhes sobre o papel do sistema imunológico no desenvolvimento dos problemas cardíacos provocados pela infecção crônica com o parasito Trypanosoma cruzi – causador da enfermidade – e mostrou que terapias capazes de regular essa reação do organismo poderiam reverter os danos sobre o coração. O trabalho resultou na publicação de cinco artigos em revistas científicas. Um deles apresentou um candidato vacinal capaz de reprogramar a resposta imunológica, controlar a progressão da doença e recuperar as lesões cardíacas. Saiba mais sobre a pesquisa.

“Em conjunto os dados da tese mostraram que as intervenções propostas são cientificamente viáveis, visando à melhora do prognóstico e da qualidade de vida dos pacientes”, comentou Isabela. “Este trabalho é fruto de muita determinação e paixão pela ciência. O reconhecimento do Prêmio Capes certamente será um grande incentivo à minha carreira científica”, completou, agradecendo o apoio recebido da orientadora e dos colaboradores na pesquisa.

Outras premiações
A edição 2016 do Prêmio Capes de Teses também concedeu menções honrosas a três estudos orientados por pesquisadores do IOC. Acompanhando 260 crianças e adolescentes com HIV e seus cuidadores, a tese de Maria Leticia Santos Cruz mostrou como o estigma cria barreiras para o tratamento e foi contemplada na categoria Saúde Coletiva. Orientado por Simone Monteiro, pesquisadora do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do IOC, e co-orientado por Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro Bastos, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), o estudo foi realizado no Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).Saiba mais sobre o trabalho.

Investigando a relação entre o trabalho noturno e o desenvolvimento de diabetes do tipo 2, o estudo de Aline Silva Costa também recebeu menção honrosa na categoria Saúde Coletiva. Defendida no Programa de Pós-graduação em Epidemiologia em Saúde Pública da Ensp, a tese foi orientada por Rosane Härter Griep, pesquisadora do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do IOC, e co-orientada por Lúcia Rotenberg, chefe do mesmo laboratório.

Já a pesquisa de Cristiane Caldeira da Silva foi reconhecida na categoria Interdisciplinar. Com o título “Avaliação da contaminação pirogênica em soros hiperimunes e ambientes sujeitos a vigilância sanitária: comparação dos métodos in vitro e in vivo aplicados ao controle da qualidade”, o estudo foi defendido no Programa de Pós-graduação em Vigilância Sanitária do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz). A tese foi orientada por Aurea Maria Lages de Moraes, chefe do Laboratório de Taxonomia, Bioquímica e Bioprospecção de Fungos do IOC, e Isabella Fernandes Delgado, vice-diretora de Ensino e Pesquisa do INCQS.

Outro trabalho da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) contemplado com menção honrosa na edição 2016 do Prêmio Capes de Teses foi o estudo intitulado “À luz do biológico: psiquiatria, neurologia e eugenia nas relações Brasil-Alemanha (1900-1942)”, defendido por Pedro Felipe Neves de Muñoz. Orientada por Cristiana Facchinetti, pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e co-orientada por Stefan Rinke, professor da Freie Universität Berlin, na Alemanha, a pesquisa foi desenvolvida no Programa de Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde da COC.

Sobre o prêmio
Criado em 2005, o Prêmio Capes de Teses é promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Na edição de 2016, foram reconhecidas as melhores pesquisas de doutorado defendidas em 2015 em 48 áreas do conhecimento. Os trabalhos vencedores e os ganhadores das duas menções honrosas concedidas em cada categoria foram selecionados com base em critérios de originalidade, relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação, além do valor agregado pelo sistema educacional ao candidato.

 

Reportagem: Maíra Menezes
11/10/2016
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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