18/11/2016
Por Lucas Rocha
Pesquisadores e estudantes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) levaram informações e ações de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti a centenas de pessoas durante o evento ‘Bem Estar Global’, em Cuiabá, no Mato Grosso, no último dia 11 de novembro. Durante a iniciativa, realizada pela TV Globo em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI), os especialistas desenvolveram uma série de atividades teóricas e práticas para mostrar que, de forma simples, é possível evitar a proliferação do mosquito transmissor dos vírus dengue, Zika e chikungunya. A participação do IOC no evento partiu de um convite da produção e contou com o apoio da Vice-direção de Ensino, Informação e Comunicação do IOC e dos Programas de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária e em Biologia Celular e Molecular do Instituto, como parte das atividades de inserção social.
A partir do tema ‘10 Minutos contra o Aedes’, jogos e brincadeiras chamavam a atenção de quem passava. Além de entreter, as atividades informavam sobre hábitos, preferências, alimentação e colocação de ovos. “Para combater o Aedes é importante conhecê-lo. Como ele vive dentro e ao redor das nossas casas, precisamos estar alertas aos potenciais criadouros do mosquito, como caixas d’água, ralos, bandejas de ar condicionado e de geladeiras e objetos espalhados no quintal que possam acumular água, por exemplo”, explicou Ademir Martins, pesquisador do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do IOC, e um dos coordenadores das atividades do Instituto.
Os participantes puderam visualizar de perto o mosquito em cada uma das suas quatro fases de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e mosquito adulto. A aposentada Maria Sebastiana Lopes, que participou do evento ao lado de familiares e amigos, ressaltou a oportunidade para o aprendizado de novos conhecimentos. “Aprendi que o calor cuiabano pode ajudar no desenvolvimento do mosquito que transmite Zika e dengue. É importante ter atenção aos cuidados em casa e evitar deixar água parada. Agora é passar a informação adiante para ajudar a diminuir a transmissão de doenças”, afirmou Sebastiana.
"Dez minutos por semana são suficientes para a realização de uma vistoria completa em varandas, quintais e interior das casas para eliminar potenciais criadouros do Aedes. A intervenção semanal pode interromper o ciclo de desenvolvimento do mosquito que dura de 7 a 10 dias”, completou Rafaela Vieira Bruno, pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos do IOC, que também coordenou as atividades do Instituto.
Reportagem: Lucas Rocha
Edição: Vinicius Ferreira
16/11/2016
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)